8.2.09

 

MONUMENTO À CORRUPÇÃO

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O castelo do deputado Edmar Moreira (DEM-MG), segundo Vice-Presidente e Corregedor da Câmara, não é apenas um imóvel super luxuoso, ele é, também, um símbolo perfeito da parcela corrupta da classe política brasileira, que é envolvida em diversas falcatruas, comete irregularidades nos mais diversos setores e é rica, muito rica, sem explicação que possa indicar um enriquecimento honesto.

“O escândalo do momento não deveria ser o castelo do deputado Edmar Moreira (DEM-MG) mas o fato de que o Congresso Nacional é, ele próprio, um grande castelo, se se tomar castelo como sinônimo de um sistema político mais próprio do absolutismo monárquico que da democracia.

Sob aquelas duas cuias da praça dos Três Poderes, vivem reizinhos, um punhado de barões e não mais que meia dúzia de gente que de fato faz política no sentido de atuação em favor da coisa pública.

É uma típica corporação medieval, que protege os seus integrantes contra vento e maré -nos raros momentos em que há vento e maré contra eles.

Não, não pense que a fase atual, em que há assanhamento a respeito do castelo, represente um incômodo sério para essa gente. Nada.

A grande maioria sabe que sua reeleição não depende de a mídia apontar o dedo para eles, mas da capacidade de engabelação de súditos desprovidos de informação, muitas vezes desprovidos de condições mínimas de vida digna e que veem nos donos dos castelos -reais ou fictícios- seus suseranos.

Só assim se entende que barões e reizinhos busquem, segundo esta Folha, uma ’saída honrosa’ para Edmar Moreira, que seria retirá-lo do cargo de corregedor, sem afastá-lo da Mesa Diretora.

Posto de outra forma, Edmar Moreira não serve para zelar pela correção de seus pares, mas serve para participar do comando deles -uma maneira indireta de confessar que reis e barões não estão minimamente preocupados com a correção.

Só querem que cesse o ruído de alguns aldeões”.

Clóvis Rossi, da Folha de São Paulo


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