2.2.09

 

Opção Preferencial pelo Terrorismo


Luís Mauro Ferreira Gomes

Em 1 de fevereiro de 2009.

" O refúgio concedido por Lula ao terrorista italiano Cesare Battisti é perfeitamente coerente com nosso passado. Nós sempre soubemos acolher os estrangeiros. Em particular, os criminosos."

Questão de tradição, Diogo Mainardi – VEJA, Edição, de 4 de fevereiro de 2009.

Desde que os terroristas que infestaram o nosso passado começaram a apoderar-se, progressivamente, do poder servindo-se, para isso, das mais diversas dissimulações e das mais variadas fraudes, beneficiados, ainda, pela inexplicável leniência daqueles que tradicionalmente os combatiam tem sido notória a simpatia das nossas “autoridades” pelos criminosos comuns.

Foram muitas delas, ao lado de outros companheiros, que ensinaram aos bandidos pés-de-chinelo com os quais dividiam as celas, em que pagavam pelos crimes bárbaros cometidos, as técnicas requintadas usadas nos atentados que praticaram nas décadas de sessenta e setenta, aprendidas em Cuba e em outros países comunistas.

Não são outros, portanto, os responsáveis pelo surgimento da criminalidade, cada vez mais violenta, e das facções do crime organizado que apavoram a sociedade e enlutam tantas famílias, todos os dias.

Diante da simpatia que têm pelos seus colegas facínoras comuns domésticos, não deveria surpreender a ninguém a propensão manifesta para proteger os criminosos estrangeiros.

Menos anda, deveria causar estranheza a empatia que têm pela causa dos terroristas internacionais, tanto os de ontem, como os de hoje.

Comprovam-no o açodamento da figura sinistra do ministro da Justiça, ao conceder o “status” de refugiado político a um italiano condenado por quatro assassinatos cometidos em seu país. O referido ministro também se ofereceu para receber, em solo brasileiro, os terroristas presos na base de Guantânamo, dos quais os americanos precisam livrar-se.

Ele pretende, ainda, anistiar todos os imigrantes ilegais, abrindo espaço para que os bandidos que quiserem, terroristas ou não, encontrem, aqui, refúgio seguro, sem maiores burocracias e sem quaisquer perguntas, bastando infiltrarem-se entre os não-criminosos que para cá vêm, regular ou irregularmente.

Por trás dessas ações, existe, além do desejo de proteger os seus pares internacionais, a intenção de justificar as práticas criminosas, possivelmente, perpetradas por ele mesmo e por seus colegas de governo, infelizmente anistiados.

Por trás dessas ações, existe, além do desejo de proteger os seus pares internacionais, a intenção de justificar as práticas criminosas, possivelmente, perpetradas por ele mesmo e por seus colegas de governo, infelizmente anistiados.

Na Alemanha, na Itália e em outros países europeus os terroristas que infernizaram o planeta, no que eles mesmos chamam de “anos de chumbo”, foram condenados e cumpriram ou ainda cumprem as suas penas.

Aqui no Brasil, não satisfeitos com a ausência de castigo assegurada pela generosidade dos que os combateram e venceram, tratam de exportar a impunidade para seus colegas alienígenas, impondo-a a outros países.

O ministro da Justiça alegou, para justificar o seu destempero, que tudo não passou do exercício de um ato de soberania do Brasil. Em verdade, tratou-se do ato monocrático de um ministro arbitrário, sem critério e maniqueísta, que sempre se pautou pelas motivações ideológicas de seu grupo subversivo internacionalista, em total desprezo pelos interesses da Nação. Prova disso é que a concessão do refugio se deu contra os pareceres do Procurador Geral da República e do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), integrante este do seu próprio ministério.

Desnecessário é comentar o tratamento desumano dado aos pugilistas cubanos que não mereceram a mesma consideração dispensada aos terroristas. Um deles, Erislandy Lara, desmentiu a farsa da versão oficial dado pelo ministro, ao declarar, em entrevista ao Estado de São Paulo que “pediu asilo à polícia no Brasil, e não lhe foi dada a oportunidade de permanecer", de acordo com matéria do Jornalista Jamil Chade.

A escolha do instituto do refúgio em vez de asilo explicita a predisposição de não tratar a cominação como individual, mas de dar caráter coletivo à ameaça, sugerindo a intenção de favorecer, em futuro próximo, um êxodo massivo de terroristas estrangeiros para o “paraíso brasileiro”.

Parece, até, que querem criar, aqui, um estoque de terroristas para uso, caso ocorra alguma falha nos planos para implantar um regime totalitário no Brasil.

A opção preferencial pelo terrorismo não se resume, porém, aos casos de concessão de refúgio político a quem não o merece.

São muito conhecidas as relações íntimas do governo brasileiro com o terrorismo internacional. Não todos, somente os simpáticos às ideologias de esquerda.

Como exemplos, sem a preocupação de esgotar a lista interminável de casos semelhantes, podemos citar:

Assim sendo, talvez tenha sido, justamente para exercer a nova finalidade de ajudar o terrorismo internacional, que o atual governo incorporou, com tanta intensidade, a pretensão, já existente desde governos ditos militares, de ter um assento no Conselho Permanente das Nações Unidas. Quem sabe, querem-no, simplesmente, para vetar todas as ações contra o terrorismo de esquerda no mundo.

O que mais nos preocupa é que os detentores do poder estão tão seguros de não mais encontrar resistência, que já não dissimulam as ações, agindo às claras e com impressionante arrogância. Até Lula, que nada ouvia, nada via, nada sabia e nada fazia, deu-se ao luxo de assumir a decisão, transformando a estupidez do seu ministro em um problema de Estado.

Caberá ao Supremo Tribunal Federal resolver a questão, e, possivelmente, delibere amanhã, sobre a extradição de Cesare Battisti.

Esperamos que os ministros não decepcionem a todos os brasileiros de bem e comecem a impor limites aos abusos, até hoje impunes, da ditadura petista pró-terrorismo.

Isso é fundamental para que o Estado brasileiro não venha a sucumbir, inevitavelmente, a um regime de exceção, por uma ou por outra via.

Já passamos por isso antes, e é inconcebível que o permitamos, mesmo sabendo onde tudo poderá terminar.

O autor é Coronel-Aviador reformado.

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