19.9.12
CAPA DA FORBES: LULA
Por Geraldo Almendra (*)
Pode um cidadão eleito presidente e
pertencente à classe média baixa, se tornar, em dois mandatos
presidenciais, em um bilionário apenas com seus rendimentos e
benefícios do cargo?
A resposta é sim. O ex-presidente
Lula é um suposto e exemplar caso desse milagre financeiro, tendo-se
como base as denúncias recorrentes já feitas pela mídia.
Conforme amplamente noticiado em
algumas ocasiões uma conceituada revista - a Forbes – trouxe à
tona esse tema, reputando a Lula a posse de uma fortuna pessoal
estimada em mais de R$ 2 bilhões de dólares, devendo-se ressaltar que
a primeira denúncia ocorreu ao que tudo indica em 2006, o que nos
leva a concluir que a “inteligência financeira do
ex-presidente” já deve ter mais que dobrado esse valor, na
falta de uma contestação formal e legal do ex-presidente contra a
revista.
Estamos diante de um suposto caso em
que o silêncio pode ser a melhor defesa para não mexer na panela
apodrecida dos podres Poderes da República, evitando as consequências
legais pertinentes e o inevitável desgaste perante a opinião pública.
Nesta semana a divulgação pelo
Wikileaks de suspeitas - também já feitas anteriormente - de subornos
envolvendo o ex-presidente nas relações de compras feitas pelo
desgoverno brasileiro em relação a processos de licitações passados,
ou em andamento, nos conduz, novamente, e necessariamente, a uma
pergunta não respondida: como se explica o vertiginoso crescimento do
patrimônio pessoal e familiar da família Lula?
O que devem estar pensando os
milhares de contribuintes que têm suas declarações de renda
rejeitadas e são legalmente, todos os anos, obrigados a dar as
devidas satisfações à Receita Federal sobre crescimentos patrimoniais
tecnicamente inexplicáveis, mas de valor expressivamente menor do que
o associado ao patrimônio pessoal e familiar do ex-presidente?
A resposta é simples e direta: tudo
isso nos parece ser uma grande e redundante sacanagem com todos
aqueles que trabalham fora do setor público - durante mais de cinco
meses por ano - para ajudar a sustentar aquilo que a sociedade já
está se acostumando a chamar de covil de bandidos.
A pergunta que fica no ar é sobre que
atitudes deveriam e devem tomar o Ministério Público, a Receita
Federal, O Tribunal de Contas e a Polícia Federal diante de supostas
e escandalosas evidências de enriquecimento ilícito de alguém que
ficou durante dois mandatos consecutivos no cargo de Presidente da
República?
Na falta de atitudes investigativas
ou consequências legais, como sempre, a mensagem que o poder público
passa para a sociedade é de uma grotesca e sistemática impunidade
protetora de todos, ou quase todos, que pactuam com a transformação
do país em um
Paraíso de Patifes.
No Brasil, cada vez mais, a corrupção
compensa e as eventuais punições já viraram brincadeira que nossa
sociedade, no cerne dos seus núcleos de poder públicos e privados
aprendeu: a impunidade a leva a se nivelar por baixo aceitando que
roubar o contribuinte já se tornou um ato politicamente correto para
que a o projeto de poder do PT – um Regime Civil Fascista
fundamentado no suborno e em um assistencialismo comprador de votos
– siga inexoravelmente avante.
A omissão do Poder Público diante da
absurda degeneração moral das relações públicas e privadas somente
nos deixa uma alternativa de qualificação: estamos diante do Poder
Público mais safado e sem vergonha de nossa história.
A propósito quem roubou o crucifixo
do gabinete presidencial no final do desgoverno Lula?